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domingo, 6 de janeiro de 2013

Biografia AC/DC


Início dos anos 70. Malcolm, um garoto espinhento com mais ou menos 20 anos, chegou de cara amarrada em casa. Havia acabado de brigar com o guitarrista de sua banda. Mas seu irmão mais novo parecia ter problemas maiores.
Malcolm se aproximou do irmão, que estava emputecido no sofá, e descobriu que a banda de Angus, a Tantrun, tinha terminado naquela manhã. E o que poderia ter sido simplesmente um péssimo dia pros irmãos Young, se transformou no nascimento de uma das maiores bandas que o mundo já conheceu: o AC/DC.
Malcolm e Angus Young são de Glasgow, Escócia. Mas a família se mudou pra Sydney, Austrália, quando eles ainda eram crianças. E foi em Sydney que eles conheceram outro escocês ainda mais “doente” que eles: Ronald Belford Scott.
Bon Scott tinha uma banda chamada Valentines. Mas abriu mão dela pra dirigir o caminhão que transportava o AC/DC. Na verdade, ele estava só esperando uma escorregada do vocalista, Dave Evans, pra assumir os microfones da banda. O que não demorou muito pra acontecer.
Com Malcolm e Angus nas guitarras, Bon Scott nos vocais e mais Phill Rudd na bateria e Mark Evans no baixo, o AC/DC gravou seus primeiros trabalhos e se saiu muito bem.
Vale conferir algumas faixas desta fase, como “Can I Sit Next To You Girl”, “High Voltage”, “She’s Got Balls”, “Dirty Deeds Done Dirt Cheap”, “Whole Lotta Rosie”, “Sin City”, “The Jack”, “Problem Child”...
A passagem dos anos 70 para os anos 80 foi crucial na trajetória da banda: em 1979, foi lançado um dos discos mais queridos pelos fãs até hoje: “Highway to Hell”. Em 1980, o AC/DC perdeu o vocalista Bon Scott, que morreu depois de beber uma quantidade industrial de álcool.
Incentivados a seguir em frente, Angus e Malcolm recrutaram o vocalista da banda Geordie, Brian Johnson. E, em homenagem a Bon Scott, o AC/DC gravou seu disco mais vendido de todos os tempos: “Back In Black”.
Bon Scott sempre foi “a cara” do AC/DC. Mas Brian Johnson soube garimpar o seu espaço e hoje é tão querido pelos fãs quanto Bon Scott havia sido nos anos 70.
Desta fase, vale conferir “For Those About To Rock (We Salute You)”, “Big Gun”, “Ballbreaker”, “Heatseeker”, “That´s The Way I Wanna Rock And Roll”, “Moneytalks”, “Thunderstruck”, “The Razor´s Edge” e, claro, o último disco, “Black Ice”, de 2008.
Lá se foram 35 anos desde o lançamento do primeiro disco. Só Angus, Malcolm e companhia sabem o quanto é longo o caminho até o topo... Se você quer rock and roll, claro! E o que é mais difícil: sempre fiel às raízes. Dos três, quatro acordes básicos que alguns críticos chatos insistem em inferiorizar, até o uniforme de colegial do “Petit” Angus, que todo fã de verdade do AC/DC adora.
BIOGRAFIA INDIVIDUAL
Malcolm e Angus Young
Malcolm Young e Angus McKinnon Young nasceram em Glasgow, Escócia, em 1953 e 1955, respectivamente. Mas em 1963, os pais resolveram se mudar para a Austrália. Os dois são os filhos mais novos de uma prole de oito, todos com algum talento para a música.
Steve Young, o primogênito, tocava acordeom. John Young tocou guitarra, mas passou longe da fama. Em meados dos anos 60, Alex Young conseguiu algum sucesso na Austrália com uma banda chamada Grapefruit. E George Young conseguiu sucesso maior com a banda Easybeats.
George Young deu aulas de guitarra para os irmãos. E mais tarde, produziu diversos discos do AC/DC, incluindo o penúltimo, “Stiff Upper Lip”.
A irmã Margaret Young, embora nunca tenha tocado nenhum instrumento, deu à banda duas importantes contribuições: o nome (afinal, era dela a máquina de costura em que Angus e Malcolm viram a sigla AC/DC grafada) e um bom conselho a Angus, para que ele usasse sempre o terninho de colegial nas apresentações do AC/DC.
Antes do terninho, Angus, que tentava criar uma “persona” para os palcos, se transvestiu de Homem-Aranha, Zorro, Gorila e de uma paródia do Superman chamada Super-Ang.
Embora ofuscado pelo carisma e performances do irmão caçula, Malcolm é o líder do AC/DC e responsável por grande parte das composições da banda.
Bon Scott
Assim como Malcolm e Angus, Ronald Belford Scott também nasceu na Escócia e se mudou para a Austrália ainda jovem. Bon Scott tocava bateria. Integrou diversas bandas antes do AC/DC, como a The Valentines.
Mas seu desejo sempre foi assumir os vocais de uma “big band”. O motivo? Nas palavras do próprio Bon: “o vocalista pega muito mais mulher que o baterista”.
Antes, porém, de assumir os vocais, Bon Scott trabalhou como motorista do AC/DC. A banda ainda não tinha a fama de hoje, mas já começava a despontar em alguns clubes australianos.
E foi num desses shows, reza a lenda, que Dave Evans, até então frontman do AC/DC, deu o cano ou recusou-se a entrar no palco. Era a chance de Bon Scott que, depois de virar algumas doses de whisky com Angus e Malcolm, entrou e tomou o emprego do antigo vocalista.
De 1974 a 1980, O estilo desregrado, beberrão e mulherengo de Bon Scott estampou a imagem e a personalidade do AC/DC para o mundo. Até sua morte, devido à ingestão de uma grande quantidade de bebida.
Brian Johnson
Brian Johnson nasceu na cidade de Dunston, na Inglaterra, em 1947 e assumiu os vocais do AC/DC em 1980, quando Bon Scott morreu.
A parte surreal dessa história é que, quem escolheu Brian Johnson para substituir Bon Scott... Foi o próprio Bon Scott. Ele certa vez assistiu à apresentação da banda Geordie, da qual Brian era vocalista, junto com Malcolm Young, e disse qualquer coisa como “se algum dia eu não estiver mais nos vocais do AC/DC, é esse cara quem tem que estar.”
E a profecia se realizou. O disco “debut” de Brian Johnson no AC/DC é simplesmente o mais vendido da história da banda: Back In Black (mais de 40 milhões de cópias).
Além de grande vocalista, Brian é também um grande jogador de golfe, tendo sido considerado um dos melhores rockstars golfistas do mundo (junto a outras personalidades, como Alice Cooper, Dave Murray e Nicko McBrain, os dois últimos do Iron Maiden.
Brian também é muito fã de carros. Já ganhou diversas “celebrity races” (corridas em que só celebridades participam) pilotando sua Lotus.
Com mais de 50 anos de idade, Brian já disse que não tem o mesmo pique de antes e, não estranhem, fãs, se ele realmente cumprir sua promessa de deixar a banda logo após a “Black Ice World Tour”.
A questão é: e o resto da banda? Será que continua? Será que Brian Johnson também tem alguém tão bom para indicar? Só o tempo dirá.
Phil Rudd
Embora seja considerada uma banda australiana, todos os nomes do AC/DC são do Reino Unido. Phil Rudd, o baterista, é a exceção à regra. Ele nasceu em Melbourne, Austrália, em 1955.
Phillip Hugh Norman Rudd é dono de um temperamento difícil. Mas, agora, no auge de seus 55 anos, parece estar mais tranquilo. Tem uma casa na Nova Zelândia, onde “se esconde” na entressafra de shows.
Rudd é o baterista da formação original do AC/DC. Mas deixou a banda no início dos anos 80, durante as gravações do disco “Flick Of The Switch”. Foi um dos integrantes que mais se abalou com a morte de Bon Scott, em 1980. Nunca aceitou bem a fatalidade e isso afetou sua relação com os outros integrantes.
Quem o substituiu foi Simon Wright, que depois viria a ser baterista do Dio.
Por outro lado, como também é o baterista que mais se encaixou no estilo da banda durante toda a trajetória do AC/DC, foi convidado a retornar durante a turnê do disco “The Razor’s Edge”, no início dos anos 90. E é até hoje o dono das baquetas do AC/DC.
Cliff Williams
Quando Malcolm Young, Angus e Bon Scott demitiram o baixista Mark Evans (já era o segundo “Evans” que perdia o emprego no AC/DC, o primeiro que “rodou” foi o vocalista Dave Evans), chamaram Clifford Williams para substituí-lo.
Cliff Williams nasceu em Romford, na Inglaterra, em 1949. Até a entrada de Brian Johnson, era o mais ancião dos integrantes do AC/DC.
Sua primeira banda, Home, tem no currículo dois discos gravados e a abertura de um show do Led Zeppelin em Londres. Sua primeira aparição no AC/DC aconteceu durante a Let There Be Rock Tour e seu “debut” em estúdio foi “Powerage”.
Já o próprio Cliff tem no currículo uma filha que, dependendo da idade e/ou do interesse do ilustre internauta por AC/DC, talvez seja até mais familiar que o próprio baixista: a modelo e atriz Erin Lucas.
Erin Lucas  (pseudônimo de Erin Williams) participou do reality show “The City” produzido pela versão gringa desta também ilustre emissora.

Fonte: MTV

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

A pedidos de fãs, biografia Charlie Brown Jr.




Charlie Brown Jr. é uma banda de rock formada em Santos, Brasil no ano de 1992.

Em 1992, o skatista paulistano Alexandre Magno a.k.a. Chorão havia se mudado para Santos (litoral de São Paulo), com 17 anos, onde chegou após uma infância difícil e traumática. Um dia, em um bar local, substituiu por acaso o vocalista de uma banda quando o mesmo precisou se ausentar, devido a necessidades fisiológicas. Uma pessoa da platéia, ao ouví-lo cantando, convidou-o para ser vocalista em sua banda.

Quando o baixista da banda saiu, Chorão veio a conhecer Champignon, o novo baixista, um menino de apenas 12 anos na época. Formaram então a banda What’s Up. Tempos depois, Chorão e Champignon decidiram convidar Renato Pelado pra ser o baterista e, mais tarde, Marcão e Thiago nas guitarras completariam a primeira formação da banda.

A banda ainda sem nome, continuou a se apresentar na cidade. Muitos não sabem o porquê do nome “Charlie Brown Jr”.

- “Fundei e batizei a banda com esse nome em 92. Foi uma coisa inusitada. Trombei (literalmente) com uma barraca de água de coco que tinha o desenho do Charlie Brown, aquele personagem do Charles Schulz, mais conhecido por ser o dono do Snoopy. E o “Jr” é pelo fato de sermos filhos do rock” - Explica Chorão pelo fato de a banda se considerar “filha” de uma geração de músicos e bandas como Raimundos,Nirvana, blink-182, Red Hot Chili Peppers, Nação Zumbi e Planet Hemp. A sonoridade do grupo tinha influências de grupos como Sublime, Bad Brains, 311 e Pennywise, misturando hardcore, skate e reggae.

Chorão, skatista profissional, chegando a figurar nas melhores posições do ranking de diversos campeonatos brasileiros, costuma se apresentar nos shows andando de skate. Por volta de 1993, eles começaram a tocar no circuito underground de Santos e São Paulo, além de tocarem em vários eventos de skate.

Algum tempo depois, uma fita demo foi entregue a Rick Bonadio (presidente da Virgin Records e produtor dos Mamonas Assassinas). Ele se interessou pelo grupo e os contratou. Nasce então o discoTranspiração Contínua Prolongada (produzido por Tadeu Patola), que tem esse nome por realmente retratar tudo que eles passaram pra chegar onde chegaram. O álbum explodiu na audiência e fez sucesso nas rádios com as faixas O Coro Vai Comê!, Proibida Pra Mim (Grazon), Tudo que Ela Gosta de Escutar, vendendo 500 mil cópias.

Por um longo tempo a música Te Levar foi tema da série Malhação, da Rede Globo, e assim a banda alcançou bem mais que um público seleto, abrangendo seu trabalho as mais diferentes classes sociais. Com sua propagação na mídia, a banda ganhou vários prêmios e chegou assim, por várias vezes, ao topo de grandes rádios espalhadas pelo país.

Em 1999, após a estréia promissora, o grupo voltou com Preço Curto… Prazo Longo…. Entre as músicas conhecidas estão Confisco, Zóio de Lula e Não Deixe O Mar Te Engolir. Pouco antes de entrar no estúdio para gravar o terceiro álbum, o grupo passou por uma forte crise interna, causada pelas brigas entre Chorão e Champignon, onde quase a banda termina. Apesar das dificuldades, a evolução da fórmula hip hop/reggae/hardcore continuou em Nadando com os Tubarões em 2000, cujos destaques foram as faixasRubão e Não é Sério.

No ano de 2001, o grupo foi consagrado no VMB, levando o prêmio “Escolha da Audiência” pelo clipe de “Rubão”. Entretanto, o guitarrista Thiago saiu do grupo, alegando divergências musicais. Como um quarteto, o Charlie Brown Jr. assinou com a EMI para lançar o álbum 100% Charlie Brown JR - Abalando A Sua Fábrica, no final do ano, com músicas inéditas. As faixas de maior destaque foram Hoje Eu Acordei Feliz e Lugar ao Sol.

Em abril de 2002, uma apresentação da banda no Rio de Janeiro acabou em tumulto generalizado. Uma briga fez com que Chorão e cia. saíssem do palco antes do previsto, causando revolta na platéia.

O título do quinto álbum, lançado em 2002, Bocas Ordinárias, se apropriou de uma expressão lusitana, que por sinal, o grupo já havia se apresentado em Portugal com sucesso. Com vigor admirável, a fusão de hardcore, rap e reggae gerou novos hits como Papo Reto e Só Por Uma Noite.

Em 2003, chegou a vez da banda gravar o Acústico Mtv. Entre os convidados, o grupo chamou Marcelo Nova, Marcelo D2 e Negra Li. O primeiro single do álbum foi a inédita Vícios e Virtudes.

Após mais de 2 milhões de álbuns vendidos, o Charlie Brown Jr. lança em 2004 o sétimo disco da carreira,Tamo Aí Na Atividade. No início de 2005, Chorão, foi pego de surpresa com a notícia de que os outros três integrantes estavam deixando a banda, na qual tocavam juntos há muitos anos e gravaram sete discos. No mesmo ano, ao contrário do que muitos diziam, Chorão apareceu com uma nova formação para o Charlie Brown Jr.

A nova formação surgiu em Santos, Thiago Castanho que gravou os primeiros três discos do Charlie Brown Jr, agora estava de volta para reafirmar sua parceria com Chorão. Heitor Gomes foi escolhido para assumir o baixo e André Pinguim comandava as baquetas. Depois dos ensaios com o repertório antigo e depois de alguns shows em vários locais do país, Chorão, Thiago, Heitor e Pinguim fortaleceram os vínculos e encontraram a sintonia necessária para criar novas músicas.

O álbum Imunidade Musical é lançado em 2005 com destaque para o primeiro single Lutar pelo que é meu, também tema da série “Malhação” (Rede Globo). Ainda em 2005, Charlie Brown lança o DVD “Skate Vibration”. O DVD, além de uma apresentação ao vivo, contou também com clipes com imagens da banda nos shows realizados nesse mesmo ano, nas viagens e durante as gravações de seu oitavo CD.

O álbum seguinte, Ritmo, Ritual E Responsa, traz 22 faixas inéditas e uma faixa bônus. Chegou às lojas no final de Abril de 2007. Produzido por Chorão e Thiago Castanho, o nono da carreira, deixa registada mais uma vez a marca do Charlie Brown, letras com forte apelo urbano e que vão de encontro aos anseios da juventude, riffs poderosos, bateria e baixo marcantes. Não Viva Em Vão, música de Chorão e Thiago Castanho, foi escolhida como primeiro single. Logo em seguida com o lançamento de mais um singlePontes Indestrutíveis, cujo a banda também gravou um videoclipe, é mais um dos destaques do nono álbum.

No dia 23 de abril de 2008, foi divulgado no site oficial que o baterista André Ruas, o Pinguim, não fazia mais parte da banda. O motivo seria o fim do contrato que já estava se aproximando, sem que houvesse interesse de ambas as partes em renová-lo. Para o lugar de Pinguim, entrou Bruno Graveto, também de Santos.

O último álbum foi batizado de Camisa 10 (Joga Bola até na Chuva). O nome “Camisa 10”, é uma analogia por ser o 10º álbum da banda. O disco tem uma música feita para a cantora Cássia Eller, que Chorão fez para entrar no disco que a cantora gravaria em 2002. Infelizmente, 15 dias após a criação da música, Cássia faleceu.

Recentemente, Marcão e Champignon da formação original, voltaram para a banda.