Lendo umas matérias antigas do próprio
blog vi este nome... ‘Stress’. A primeira banda de heavy/thrash metal do
Brasil. Os caras realmente merecem respeito.
Um som muito bom tocado numa época onde
o Metal era coisa de outro mundo aqui no Brasil.
O Stress é uma banda de heavy metal
tradicional de origem na região amazônica de Belém-PA. É
considerada a primeira banda de Metal do Brasil.
Os primeiros encontros aconteceram no
início de 1975, quando colegas de escola perceberam que tinham algo em comum,
o rock. Num momento em que ser roqueiro, além de ser uma raridade , era
sinônimo de rebeldia. Numa cidade em que predominavam os modismos impostos pela
mídia nacional; contra todas as tendências culturais de uma cidade ainda
provinciana como Belém, surgia o embrião da primeira banda de heavy metal do
Brasil: Stress.
No início, ainda sem nome definitivo, era chamada de Pingo D'água devido ao formato do bumbo da antiga bateria "Pingüim", o repertório era composto por covers de bandas como: Rolling Stones, Nazareth, Sweet, Led Zeppelin, E. L. and Palmer, Black Sabbath, Deep Purple e outras bandas do gênero. A formação da época já contava com André Chamon (bateria), Leonardo Renda (teclado), Roosevelt Bala (vocal), Wilson Mota (guitarra) e Paulo Lima (baixo), todos na faixa dos 14/15 anos de idade.
As primeiras apresentações aconteceram no ano seguinte, quase sempre em festas de aniversário e festivais escolares, pois tudo não passava de pura diversão. No final de 1976 entrava para a banda o guitarrista Pedro Valente, Wilson assumiu o baixo com a saída de Paulo Lima. Considerado um músico extraordinário, Pedro abriu novos horizontes para o grupo que deixaria de ser uma mera banda de festinhas para se aventurar em vôos solo.
O primeiro show oficial da banda foi em 1977, já então definitivamente batizada como Stress, por sugestão do Pedro. A partir de então a banda começou a conquistar uma legião de fãs e admiradores que até então, não tinham nenhuma alternativa para ouvir aquele tipo de música, a não ser através dos discos que chegavam com atraso de anos (se chegassem) ás lojas de Belém. Os shows da banda se tornaram reuniões memoráveis de "roqueiros", esse era o termo que, este era termo que a partir dai trocavam informações, discos, firmaram amizades que duram até os dias de hoje e passaram a acreditar que era possível o surgimento de um movimento musical forte, como é hoje o rock paraense. Com todo o apoio desse movimento emergente, onde ajudavam na venda de ingressos, afixação de cartazes e faixas, confecção de camisetas, os shows da banda começaram a acontecer em lugares cada vês maiores.
Em 1978 começaram as primeiras composições, com as letras em inglês, com algumas influências de bandas como: Judas Priest, Saxon e Foghat, porém a pedido dos fãs que queriam entender as letras, as músicas que já estavam prontas re-feitas em português, e as demais composições seriam em português originalmente.
Em 1979 os membros do Stress entram para a faculdade e os shows ficam menos freqüentes, porém cada vez mais bem produzidos e em grandes locais. A essa altura, em Belém, o movimento já contava com algumas bandas tentando seu espaço, inspirados no Stress, viram que era possível fazer um som de qualidade, mesmo numa região do planeta onde a tradição musical era fortemente dominada pela música regional.
No início, ainda sem nome definitivo, era chamada de Pingo D'água devido ao formato do bumbo da antiga bateria "Pingüim", o repertório era composto por covers de bandas como: Rolling Stones, Nazareth, Sweet, Led Zeppelin, E. L. and Palmer, Black Sabbath, Deep Purple e outras bandas do gênero. A formação da época já contava com André Chamon (bateria), Leonardo Renda (teclado), Roosevelt Bala (vocal), Wilson Mota (guitarra) e Paulo Lima (baixo), todos na faixa dos 14/15 anos de idade.
As primeiras apresentações aconteceram no ano seguinte, quase sempre em festas de aniversário e festivais escolares, pois tudo não passava de pura diversão. No final de 1976 entrava para a banda o guitarrista Pedro Valente, Wilson assumiu o baixo com a saída de Paulo Lima. Considerado um músico extraordinário, Pedro abriu novos horizontes para o grupo que deixaria de ser uma mera banda de festinhas para se aventurar em vôos solo.
O primeiro show oficial da banda foi em 1977, já então definitivamente batizada como Stress, por sugestão do Pedro. A partir de então a banda começou a conquistar uma legião de fãs e admiradores que até então, não tinham nenhuma alternativa para ouvir aquele tipo de música, a não ser através dos discos que chegavam com atraso de anos (se chegassem) ás lojas de Belém. Os shows da banda se tornaram reuniões memoráveis de "roqueiros", esse era o termo que, este era termo que a partir dai trocavam informações, discos, firmaram amizades que duram até os dias de hoje e passaram a acreditar que era possível o surgimento de um movimento musical forte, como é hoje o rock paraense. Com todo o apoio desse movimento emergente, onde ajudavam na venda de ingressos, afixação de cartazes e faixas, confecção de camisetas, os shows da banda começaram a acontecer em lugares cada vês maiores.
Em 1978 começaram as primeiras composições, com as letras em inglês, com algumas influências de bandas como: Judas Priest, Saxon e Foghat, porém a pedido dos fãs que queriam entender as letras, as músicas que já estavam prontas re-feitas em português, e as demais composições seriam em português originalmente.
Em 1979 os membros do Stress entram para a faculdade e os shows ficam menos freqüentes, porém cada vez mais bem produzidos e em grandes locais. A essa altura, em Belém, o movimento já contava com algumas bandas tentando seu espaço, inspirados no Stress, viram que era possível fazer um som de qualidade, mesmo numa região do planeta onde a tradição musical era fortemente dominada pela música regional.
Em 1982 Roosevelt Bala assumiria o
baixo com a saída de Wilson Mota por motivos profissionais e com o final da
faculdade para alguns, se achou que seria hora de definir o futuro, pois Belém
já estava muito pequena para o Stress. Em agosto desse ano, numa decisão
arrojada, o grupo reuniu todas as economias e se aventurou para o Rio de
Janeiro a fim de gravar o primeiro disco, naquela época os custos eram
astronômicos para se fazer uma produção independente e ainda havia os custos de
viagem. Em dois dias de gravação (16 horas) num modesto estúdio chamado
Sonoviso, em 8 canais, seria então gravado o primeiro disco do Stress, que
viria a ser um marco na história do rock brasileiro e até internacional. Com
músicas rápidas e pesadas, com letras inteligentes e de grande conteúdo, em
português, "Stress" colocaria definitivamente o nome da banda na
lista das mais cultuadas no Brasil. Apesar da baixa qualidade de
gravação, pois ninguém tinha "know-how" para gravar Heavy no Brasil
até então, a repercussão do feito foi estrondosa. Recebido de braços abertos
por toda a imprensa de Belém, as músicas do disco eram presença certa no
Hit-Parade das rádios da cidade.
O lançamento do disco foi uma festa memorável, cerca de 20.000 pessoas no estádio do Payssandu compareceram para testemunhar esse feito histórico para uma banda paraense. O disco logo viraria raridade, pois somente 1.000 cópias foram feitas. Uma delas chegou às mãos de um produtor da Rádio Fluminense no Rio, a Rádio Rock Brasil "A Maldita". A música "Oráculo do Judas" entrou na programação da Rádio tornando assim o Stress conhecido dos cariocas, ao mesmo tempo Fanzines de todo o Brasil denunciavam o surgimento da primeira banda nacional de Heavy Metal.
Em 1983 começava a explodir no Brasil o movimento "Rock Brasil", que começou no circo voador (Rio) com a produtora Maria Juçá, onde bandas de todo o país disputavam uma oportunidade para tocar. Quando ouviu o disco do Stress Maria Juçá ficou impressionada com o trabalho e resolveu lançar a banda em um evento que ocorria toda sexta-feira, esse show marcaria a estréia do guitarrista Paulo Gui, que de lá pra cá substituiria Pedro Valente que mudou-se para a França. Paulo, que antes de se tornar guitarrista e tocar com a banda paraense "Apocalipse" (outro marco do Heavy Metal no Pará), era admirador e freqüentador assíduo dos shows do Stress (desde o 1º em 1977 no Teatro São Cristóvão). Após este evento a produtora resolveu lançar a 1a noite de Heavy Metal do Circo Voador onde tocariam na abertura as bandas Água Brava, Dorsal Atlântica (que ainda era uma banda cover), além de um vídeo inédito do Iron Maiden, esse show foi recorde de bilheteria do Circo Voador, com direito a quebra de instrumentos, a la The Who, e invasão de palco por parte do público ao final do show.
O lançamento do disco foi uma festa memorável, cerca de 20.000 pessoas no estádio do Payssandu compareceram para testemunhar esse feito histórico para uma banda paraense. O disco logo viraria raridade, pois somente 1.000 cópias foram feitas. Uma delas chegou às mãos de um produtor da Rádio Fluminense no Rio, a Rádio Rock Brasil "A Maldita". A música "Oráculo do Judas" entrou na programação da Rádio tornando assim o Stress conhecido dos cariocas, ao mesmo tempo Fanzines de todo o Brasil denunciavam o surgimento da primeira banda nacional de Heavy Metal.
Em 1983 começava a explodir no Brasil o movimento "Rock Brasil", que começou no circo voador (Rio) com a produtora Maria Juçá, onde bandas de todo o país disputavam uma oportunidade para tocar. Quando ouviu o disco do Stress Maria Juçá ficou impressionada com o trabalho e resolveu lançar a banda em um evento que ocorria toda sexta-feira, esse show marcaria a estréia do guitarrista Paulo Gui, que de lá pra cá substituiria Pedro Valente que mudou-se para a França. Paulo, que antes de se tornar guitarrista e tocar com a banda paraense "Apocalipse" (outro marco do Heavy Metal no Pará), era admirador e freqüentador assíduo dos shows do Stress (desde o 1º em 1977 no Teatro São Cristóvão). Após este evento a produtora resolveu lançar a 1a noite de Heavy Metal do Circo Voador onde tocariam na abertura as bandas Água Brava, Dorsal Atlântica (que ainda era uma banda cover), além de um vídeo inédito do Iron Maiden, esse show foi recorde de bilheteria do Circo Voador, com direito a quebra de instrumentos, a la The Who, e invasão de palco por parte do público ao final do show.
A partir de então os convites para
shows no Rio tornaram-se freqüentes o que levou a banda a mudar-se para lá, no
início de 1985. Nesse mesmo ano a Stress assinou com a gravadora Polygram para
gravar o segundo disco "Flor Atômica". Paulo Gui não pode viajar,
então Alex Magnun assumiu a guitarra, que por sua vez trouxe o baixista J.
Bosco, ambos de uma banda de Niterói chamada Metal Pesado. O disco lançou o
grupo nacionalmente, pois a distribuição abrangeria o Brasil todo, revistas de
repercussão nacional estampavam o grande feito da banda paraense.
O momento para o Rock Nacional era ótimo, bandas de todo o Brasil começavam a despontar na mídia. O Stress começava a tocar em várias cidades do eixo Rio, São Paulo e Minas Gerais. Num certo momento as gravadoras talvez sugestionadas pelas FM's, resolveram dar preferência para as bandas que faziam "Rock" com guitarras sem distorção. Por não se curvar a tais exigências e principalmente em respeito ao seu público e aos ideais que alimentavam o orgulho de ser paraense, pioneiro e "roqueiro" de verdade, o Stress resolveu não mudar o seu estilo e com isso ficou à margem do mercado fonográfico. A banda continuou fazendo shows, mas não conseguiu gravar um outro disco, então em meados de 1987 resolveu parar e esperar uma reviravolta naquele quadro adverso para o rock mais pesado.
Os anos passaram e quase nada mudou e em 1995, André, Roosevelt e Paulo se reuniram em Belém e gravaram um CD experimental intitulado "Stress III" com músicas inéditas, com um tiragem de 500 cópias. Houve shows de lançamento em Belém e no Rio, de lá pra cá a banda faz um show por ano em Belém sempre com casa cheia, para atender ao público que continua fiel e sobretudo dar uma mostra para as novas gerações de músicos de que é possível ser feliz e se realizar com seu trabalho mesmo contra tudo e todos, pois a primeira banda de Heavy do Brasil e da América Latina, considerada como primeira de Trash Metal do mundo, quem diria, é de Belém do Pará.
"Hoje quando eles se reúnem para shows, a magia surge de tal forma que o tempo torna-se apenas um detalhe e o sonho renasce."
O momento para o Rock Nacional era ótimo, bandas de todo o Brasil começavam a despontar na mídia. O Stress começava a tocar em várias cidades do eixo Rio, São Paulo e Minas Gerais. Num certo momento as gravadoras talvez sugestionadas pelas FM's, resolveram dar preferência para as bandas que faziam "Rock" com guitarras sem distorção. Por não se curvar a tais exigências e principalmente em respeito ao seu público e aos ideais que alimentavam o orgulho de ser paraense, pioneiro e "roqueiro" de verdade, o Stress resolveu não mudar o seu estilo e com isso ficou à margem do mercado fonográfico. A banda continuou fazendo shows, mas não conseguiu gravar um outro disco, então em meados de 1987 resolveu parar e esperar uma reviravolta naquele quadro adverso para o rock mais pesado.
Os anos passaram e quase nada mudou e em 1995, André, Roosevelt e Paulo se reuniram em Belém e gravaram um CD experimental intitulado "Stress III" com músicas inéditas, com um tiragem de 500 cópias. Houve shows de lançamento em Belém e no Rio, de lá pra cá a banda faz um show por ano em Belém sempre com casa cheia, para atender ao público que continua fiel e sobretudo dar uma mostra para as novas gerações de músicos de que é possível ser feliz e se realizar com seu trabalho mesmo contra tudo e todos, pois a primeira banda de Heavy do Brasil e da América Latina, considerada como primeira de Trash Metal do mundo, quem diria, é de Belém do Pará.
"Hoje quando eles se reúnem para shows, a magia surge de tal forma que o tempo torna-se apenas um detalhe e o sonho renasce."
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