Diferença entre
Hard Rock, Metal e Heavy Metal
Muitas
vezes, nós não sabemos diferenciar o hard rock do heavy metal. Na verdade, há
uma grande diferença. Há diferença até mesmo entre metal e heavy metal. Não faz
sentido? Leia o seguinte:
Hard Rock:
Em 1964, a banda de rock clássico The Kinks lançou o seu primeiro álbum,
homônimo. Ao todo, não fez muito sucesso, mas uma música merece destaque.
"YouReallyGot Me" misturou o rock clássico da época com um pouco do
blues, somando isso a guitarras rápidas e ressucitando a força dos powerchords,
presentes na música medieval. Eles assim abriram as portas, quase que por
acidente, para o hard rock. Um pouco mais tarde, começou a época dos grandes
guitarristas. A maioria misturava o hard rock de The Kinks e outras bandas
posteriores como Cream e The Who com jazz, acid rock e rock psicodélico. Dessa
cena, merecem destaque Link Wray e o mestre Jimi Hendrix. Nos anos 70 e 80, o
hard rock se caracterizou com bandas como Kiss, AC/DC e Guns n' Roses, que se
tornaram mais pesadas que as da época e foram incrementadas com baterias
poderosas, guitarras fortes e vocais agudos, com letras que falavam sobre
ocultismo, amor e, é claro, rock n' roll. Esse é o hard rock que nós
conhecemos. Depois de cruzar com o blues-rock da época, surgiria o fenômeno do
heavy metal, mas aí já é outra história...
Heavy Metal:
EUA, EUA e EUA... Os Estados Unidos são e sempre foram a capital da música,
certo? Errado! A Inglaterra esteve muito metida nisso. Em 1967, a banda
americana Steppenwolf gravou a música de hard rock Born to Be Wild, que
carregava guitarras distorcidas e baterias pesadas, diferentemente das bandas
clássicas de hard rock. Até hoje se discute se essa música é hard rock ou heavy
metal. Em 1968, depois de 2 anos de nenhum sucesso, o quinteto de blues (isso
mesmo, blues) de Aston (região no norte da Inglaterra de 15 mil pessoas na
época) se separou. Por uma grande coincidência, a banda de blues RareBreed (a
primeira banda de Ozzy Osbourne) também se separou. Dois deles se reuniram com
dois ex-membros do Mythology e formaram a banda de blues PolkaTulk, que depois
se tornou PolkaTulk Blues, logo Earth. Em 1969, o baixista GeezeButler disse
"É estranho as pessoas pagarem para sentir medo", depois do sucesso
do filme de terror Black Sabbath, de Boris Karloff. Então, trocaram o blues
pelo emergente blues-rock, dando a ele um tom sombrio e distorcido. Assim
surgiu a banda Black Sabbath, e junto deles o heavy metal que nós conhecemos,
e, como não se esperava, do BLUES. Enquanto tio Ozzy arrasava no norte da
Inglaterra, a banda londrina de hard rock Led Zeppelin, (a.k.a. quatro deuses
do rock) lançava músicas que foram influenciadas pelo folk celta e o blues. A
banda começou a fazer um sucesso estrondoso, sendo a ÚNICA banda até hoje a pôr
todos os álbuns no topo das paradas americanas. Várias outras bandas merecem
menção, como DeepPurple, Judas Priest, ThinLizzy e o cantor Alice Cooper. O
heavy metal que conhecemos foi um cruzamento do movimento folk/hard rock do Led
Zeppelin com o "eu odeio hippies" do Black Sabbath.
Metal:
No início dos anos 70, o heavy metal começou a fazer sucesso, e, com isso,
começou a aparecer seus derivados. No meio dos anos 70, acelera-se o heavy e
surge o speed metal com Motörhead, Venom e Accept. Um pouco depois, veio o
thrash metal, com bandas americanas como Metallica, Overkill, Metal Church, as
alemãs Kreator, Sodom e Tankard,as brasileiras Sepultura, Lobotomia e Korzus e
a dinamarquesa Artillery. Com o tempo, apareceram doom, glam e nu metal nos
EUA, power e industrial metal na Alemanha, extreme power na Finlândia, death na
Suíça, folk no Brasil, black na Noruega, ... Então, o heavy metal ficou
dividido entre vários subgêneros. Para englobar o heavy metal de Iron Maiden
com o thrash de Metallica e o prog de DeepPurple, entre incontáveis outros,
havia um único termo disponível. O poderoso METAL, o grande estilo que regerá
esse site. Quando você ouvir alguém dizer "Odeio heavy metal. Aqueles
caras gritando...", não gaste seu conhecimento. Deixe eles falarem isso, afinal,
é só o direito de ser ignorante...
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